SEIS POEMAS DE SIDNEI OLÍVIO
METAVERSO I Olhar incrédulo pela fenda que descortina o escuro. Cai a noite no Japão enquanto aqui o dia arvora em dogmas de luz e escolhas cruciais. Feições somadas à vida onde a dor é real: vejo todo sofrimento escorrendo do seu rosto. II O que querer nessa construção de amanhã possível? Um cacho de palavras dos seus cabelos encaracolados. Histórias sem limite de tempo e desejos imperceptíveis. (Quantas imagens cabem no semblante triste da tarde?) III Minha feição de ontem na manhã desse espelho: olhos vermelhos rasgados em dramática cena – céu azul de papel no horizonte rasurado. Palavras ínfimas a reinventar na terra paixões agregadas a sentimentos comuns. IV Como edificar o corpo em grãos de acasos (átimo do tempo de indestrutí...